No mundo do vinho usamos vários termos que são por muitas vezes vagos ou pouco definidos causando uma comunicação bastante confusa entre consumidores, profissionais e educadores.
Para tentarmos “falar a mesma língua” que tal revisar alguns deles?
paladar: sentido primário composto pelas sensações básicas de doce, azedo, salgado, amargo e umami.
sabor: o composto de sensações do olfato (cheiro), gosto, textura, química (como a irritação ardente comum em especiarias) e fatores psicológicos que podem afetar a atenção ou a acuidade perceptiva.
aroma: um determinado cheiro como de limão, manteiga, carvalho, baunilha, oxidação, especiarias, um fruta específica ou frutas em geral.
bouquet: a combinação de vários aromas (um vinho que tem um aroma dominante é considerado um vinho com um bouquet simples enquanto um outro que tenha vários aromas se torna um vinho com um bouquet complexo.
Tim Hanni, em seu livro Why you like the wines you like, fonte deste artigo, nos dá um exemplos do uso destes termos:
“O sabor de um ótimo Cabernet Sauvignon interpreta o efeito líquido de muitas sensações. Um concentrado e complexo bouquet com aromas de cassis, cedro, alcaçuz e especiarias combinados com aromas mais sutis de envelhecimento (olfato). No paladar demonstra uma firme mas flexível estrutura tânica (textura), um sabor adocicado com acidez moderada e uma riqueza transmitida pelo álcool mas sem a sensação de ardência associada ao alto teor alcoólico (química). A degustação às cegas (sem saber a identidade do vinho) para que o meu julgamento não fosse afetado por ver o rótulo (predeterminação psicológica)."
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